Abandono

Durante a nossa vida, de um jeito ou de outro, acabamos abandonando algumas coisas. "Abandonamos" amigos, familiares, vontades, projetos, ideais...

Isto acontece, na maioria das vezes, de uma forma involuntária. Só é premeditado quando nos incomodamos demais com algo e tomamos uma decisão.

Não sei dizer de que modo abandonei este blog. Foi aos poucos. E acredito que ele ficará assim, abandonado, até quando eu resolver excluí-lo, como algo que não tem mais importância na vida.

Às vezes procuramos novamente pelos desprezados por nós, geralmente estando com o rabo entre as pernas. Pode ser que algum dia eu volte a escrever aqui, ou em outro blog a ser criado para o mesmo fim.

Um amigo meu me disse: "então é o bastante?"
Minha resposta é: "Nunca é o bastante, mas nos cansamos, nos enchemos, e partimos pra outra..."

Sem assunto

Percebo que não tenho tido muito assunto para escrever neste blog. Ou pelo menos não tenho colocado isso como prioridade em minha vida. Aliás, às vezes eu ainda me pego pensando no porquê de escrever num blog. Parece ser interessante em alguns momentos, uma válvula de escape, pra falar pra todos aquilo que você não diria a ninguém... mas então pra que dizer? Ainda não sei, mas continuarei escrevendo, enquanto achar que isso é válido pra mim, de algum modo...

Primeiro conto - parte 4

Os dias seguintes foram os melhores. Era carnaval, e mesmo em um local como aquele as pessoas queriam brincar e pular. Parecia que todos estavam aguardando ansiosos por aquele momento: o acontecimento do ano (considerando que nada acontecia por aquelas bandas).
Sentiu-se muito bem, livre de qualquer pensamento que o levasse para baixo... percebeu que aquele pequeno momento tinha transformado toda a sua vida: era o que queria ser e fazia o que queria fazer, como nunca tivera acontecido.

Não restou nada a mais em sua memória. E nem era necessário.

Primeiro conto - parte 3

Acordou no dia seguinte. Não tinha sido uma noite muito confortável.
Todos tentaram ser úteis, fazer algo por aqueles que os acolheram.
Logo ficou claro que ninguém sabia realizar as tarefas necessárias com o mínimo de destreza.
Mas o dia se mostrou incrível. A calma daquele lugar trouxe uma paz que não tinha há tempos.
Rios, lagos, estradas de terra... belas paisagens, que só não combinavam com aquelas várias residências humildes (e mal-cheirosas).
Tudo continuou deste jeito por alguns dias...

(continua...)

Primeiro conto - parte 2

Chegando lá, sentiu-se pela primeira vez na vida como um completo estranho
Estava muito escuro; havia tão pouca luz que mal se enxergava
Todos estavam cansados, queriam apenas tomar um bom banho quente e deitar em uma cama confortável... nem isso foi possível
A casa que os acolheu era pequena, tão simples e pequena o quanto se possa imaginar
Não havia camas confortáveis, tanto mais um chuveiro quente
O lugar fedia a merda de vaca
O odor de estrume ficou impregnado nas narinas
Mas como reclamar de quem os acolheu tão tarde da noite?

(continua...)

Primeiro conto - parte 1

Caminhava no escuro, olhando para as estrelas
Mesmo sabendo para aonde ia, seus pensamentos estavam noutro lugar
Ouvia seus passos e dos outros que o acompanhavam
À sua frente uma longa estrada de terra, cercada de um matagal denso
Estava cansado da viagem de ônibus, mas não tinha como parar
Um novo lugar pra conhecer, outras pessoas
Tudo aquilo poderia ajudá-lo no momento
Mas era o momento certo para estar tão longe?

(continua...)

Quase tudo novo

Olá!

Novo ano, novas espectativas e esperanças, nova tentativa de fazer algumas coisas de modo diferente...

Este blog então terá um novo formato. A começar pelo visual. E também pelo título do post (notaram?). E porque eu continuo falando com leitores, sendo que eles não estão aqui? Hehehe! Isso também vai mudar. A partir de agora serão apenas relatos. Verdadeiros ou imaginários.

É isso aí. Agora é só esperar que eu tenha um pouco mais de saco pra escrever algo!

; )